Está em Michael Jackson a síntese de uma dança que cresceu nos guetos negros americanos. O cantor soube casar música e movimento, tudo ancorado no pop, transpondo as barreiras sociais para chegar ao palco.
Fez um casamento que só poderia ser realizado por ele mesmo em seu corpo esguio. É uma dança de síncopes, de paradas bruscas, molhada com os deslizes de seus pés. Às vezes se transforma em um robozinho, num boneco manipulado, e em outros momentos intercala os ossos desconjuntados e tronco maleável.
Quando Michael Jackson desliza para traz, recriando a imagem mais famosa de sua dança, o público delira. Não é para menos. Está aí o jeito meio duro e pouco mole que se vê com o break e com o rap.
Michael Jackson é um clone de si mesmo. Arma tudo em proveito próprio e principalmente na coreografia do show. Os bailarinos são seu espelho. Entram e saem como um fundo do megastar. Dá pra ver que o cantor escolheu a dedo. Eles não vacilam. Respondem com precisão à maestria do cantor, que é a mais famosa dessa iniciativa dos americanos de juntar som e movimento no mundo pop. E nisso, ele é único.
| Relato do jornalista Marcos Bragato para a Folha de S.Paulo em 18 de outubro de 1993.
Fez um casamento que só poderia ser realizado por ele mesmo em seu corpo esguio. É uma dança de síncopes, de paradas bruscas, molhada com os deslizes de seus pés. Às vezes se transforma em um robozinho, num boneco manipulado, e em outros momentos intercala os ossos desconjuntados e tronco maleável.
Quando Michael Jackson desliza para traz, recriando a imagem mais famosa de sua dança, o público delira. Não é para menos. Está aí o jeito meio duro e pouco mole que se vê com o break e com o rap.
Michael Jackson é um clone de si mesmo. Arma tudo em proveito próprio e principalmente na coreografia do show. Os bailarinos são seu espelho. Entram e saem como um fundo do megastar. Dá pra ver que o cantor escolheu a dedo. Eles não vacilam. Respondem com precisão à maestria do cantor, que é a mais famosa dessa iniciativa dos americanos de juntar som e movimento no mundo pop. E nisso, ele é único.
| Relato do jornalista Marcos Bragato para a Folha de S.Paulo em 18 de outubro de 1993.
FONTE: MJ BEATS/ FACEBOOK
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